Segundo Aesa, chuvas no Sertão devem superar média histórica. Fenômeno La Niña favorece ocorrências
Municípios do Sertão paraibano registraram os maiores índices pluviométricos nos primeiros 12 dias do ano. Cachoeira dos Índios, a 493 km de João Pessoa, lidera o ranking, com precipitação máxima de 228,8 milímetros. O pico foi em 1º de janeiro, quando foram registrados 91,70 milímetros na localidade. As chuvas no Sertão abasteceram reservatórios e renovaram a esperança dos agricultores para a próxima safra.
De acordo com a Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa), os três açudes que estão com volumes totais ficam no Sertão. São eles: Cochos, em Igaracy; Pimenta, em São José de Caiana; e São José I, em São José de Piranhas. A região tem outros 47 reservatórios operando com normalidade, cinco em observação e seis em situação crítica.
Em dezembro do ano passado, a Aesa já havia divulgado que a previsão para o 1º trimestre de 2022 era de chuvas com volume entre normal e acima da média no semiárido (Sertão, Alto Sertão, Cariri e Curimataú).
Precipitações máximas de 1º a 12 de janeiro
- Cachoeira dos Índios: 228,8 milímetros
- Igaracy: 222 milímetros
- Marizópolis: 186,1 milímetros
- Pedra Branca: 184,2 milímetros
- Santa Helena: 179,4 milímetros
- Cajazeiras: 178,8 milímetros
- Catingueira: 176,9
- Sousa: 175,3 milímetros
- Bernardino Batista: 174,5 milímetros
- Nazarezinho: 173,1 milímetros


Chuvas no Sertão devem superar média histórica
Conforme a agência, espera-se que chova 600,4 milímetros no Alto Sertão, quando a média histórica é de 480,3 mm. No Sertão, a expectativa é para 482 milímetros, cerca de 25% a mais que a média histórica (385,6 mm). Já o Cariri/Curimataú, cuja média histórica é de 204 milímetros, deve registrar pluviometria de 255 mm.
O relatório de análise e previsão climática da Aesa aponta a atuação do fenômeno La Niña, bem como anomalias na temperatura da superfície do mar, combinação que pode interferir na ocorrência de chuvas.
“O semiárido nordestino tem como característica a alta variabilidade espacial e temporal dos índices pluviométricos. Com isto, a ocorrência das chuvas ficará altamente dependente da formação de fenômenos meteorológicos transientes, os quais poderão influenciar quantitativamente na ocorrência das chuvas”, constatou a Aesa.
A Agência vai atuar no monitoramento contínuo das condições oceânicas e atmosféricas globais para atualizar as previsões de tempo ao longo das semanas.
Fonte: https://portalcorreio.com.br/
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