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Carnaval de Macau é cancelado




                                      
Tradicional carnaval de Macau não será realizado em 2016, afirma empresa organizadora

Em meio à maior crise financeira e hídrica que assola boa parte dos municípios do Rio Grande do Norte, a tradicional festa de Carnaval realizado em Macau, localizada na região da Costa Branca potiguar, foi cancelada nessa terça-feira (19) pela empresa organizadora. A decisão foi tomada em meio ao impasses entre a prefeitura do município, a iniciativa privada e o Ministério Público Estadual (MPRN).

Na manhã de ontem (19), o empresário Serginho Lisboa, administrador da empresa responsável pela organização do "mela-mela" e das atrações da Arena Carnaval, divulgou nota nas redes sociais em que reforçou a impossibilidade de realizar a festa diante da falta de garantias oferecidas pelo município. "Poderíamos [realizar os eventos] se tivéssemos as garantias reais de segurança, saúde e infraestrutura para o carnaval. Busquei contato com o prefeito e não consegui. Precisava de garantias escritas e assinadas", disse em nota.

Ainda segundo o empresário, o Ministério Público sinalizou que poderia intervir com medida cautelar caso a realização do carnaval se concretizasse, cancelando as atividades em cima da hora. Além disso, Lisboa acredita que o Carnaval está sendo alvo de "boicote" por "por quase todos que detém de influência política", conforme afirmou na publicação.

A administração municipal recebeu recomendação do MPRN para não custear os festejos ligados ao Carnaval, como o pagamento de bandas e artistas que se apresentariam durante os dias de folia. 

Conforme adiantou TRIBUNA DO NORTE, em reportagem publicada no último domingo (17), o prefeito interino Einstein Batista declarou que a gestão acata a decisão do MPRN, mas garantiu a segurança e apoio necessário aos blocos de rua. "Esse apoio é necessário para garantir que Macau continue com um dos maiores carnavais do RN. O carnaval acontecerá de todo jeito, pois é uma manifestação popular e essa tradição não acabará de forma alguma", disse. 

Dentre os pontos que competem à prefeitura, estão o pagamento de diárias operacionais e fornecimento de alimentação aos agentes de segurança (policiais e guardas); ampliação de pessoal nas unidades de pronto atendimento; pagamento da conta de água dos prédios públicos; efetivo extra para organização do trânsito.

A contratação de banheiros químicos esbarra na recomendação do MPRN, mas a prefeitura entende que é necessária durante os percursos de rua, como o "mela-mela".

A reportagem tentou contato durante toda a tarde desta terça-feira com o prefeito de Macau para saber se houve recuo na decisão de fornecer o apoio necessário à realização do evento. Porém, até o fechamento desta reportagem, as ligações não foram atendidas. Da mesma forma, o empresário Serginho Lisboa e a Promotoria do MPRN em Macau não atenderam às ligações feitas.

Carnaval de Mossoró é cancelado devido a crise
Outro município potiguar que anunciou o cancelamento da programação de Carnaval foi a cidade de Mossoró, na região Oeste. De acordo com a Prefeitura de Mossoró, a falta de recursos motivou a decisão de não realizar os eventos públicos ligados à folia, como os tradicionais desfiles das escolas de samba, o concurso de Rei e Rainha, o Caia na Gandaia, dentre outros.

A secretária de cultura Isolda Dantas lamentou a decisão, mas considerou que foi o melhor a se fazer em meio à crise financeira. "Lamentamos não poder ajudar as agremiações, mas foi a medida correta nos anteciparmos. Não podíamos correr o risco de realizar o carnaval e depois ficarmos na situação de não termos condições de fazer os pagamentos”, explicou. 

A exemplo de Macau, a gestão municipal mossoroense garantiu aos moradores o apoio logístico aos eventos organizados em bairros, como serviços de limpeza e ordenação de tráfego em ruas e avenidas. 


fonte: tribuna do norte


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